As evidências genéticas de Ascalão se encaixam a teoria de que, durante o colapso de algumas sociedade europeias da época, marinheiros do sul da Europa fugiram e se estabeleceram ao longo da costa leste do Mediterrâneo, onde foram apelidados de filisteus. Isso porque os resultados mostraram que os quatro indivíduos estudados apresentavam algumas assinaturas genéticas que se comparavam àquelas observadas em populações da Idade do Ferro da Grécia, Espanha e da região italiana da Sardenha.
Analisando indivíduos que viveram num momento mais tardio da Idade do Ferro na região de Ascalão, os pesquisadores descobriram que os traços europeus não podiam mais ser rastreado. "Em no máximo dois séculos essa pegada genética introduzida durante a Idade do Ferro não é mais detectável e parece ser diluída por um pool genético local relacionado ao Levante [região do Oriente Médio]", afirmou Choongwon Jeong, um dos autores do estudo.
Segundo o grupo, até então os filisteus pareciam geneticamente com os cananeus, fato que oferece informações adicionais sobre a cultura filisteia: “Quando eles vieram, eles não tinham nenhum tipo de tabu ou proibição de se casarem com outros grupos ao redor deles”, afirmou Daniel Master, também participante da pesquisa.
Filisteus Segundo o relato presente na Bíblia cristã, os filisteu frequentemente eram os adversários do povo hebreu que vivia em Israel. O Antigo Testamento faz numerosas referências ao povo, que habitou cidades antigas vizinhas a Canaã, como Ascalão, Asdode e Ecrom. Segundo o Livro Sagrado, Golias, o "gigante" que lutou contra Davi, era um filisteu, como provavelmente era Dalila, que traiu Sansão cortando seu cabelo.
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